10/11/03
Um novo percurso com novas palavras...
... por José Jorge Sebastião
Estou com vontade de tomar banho num bidé e beber uma pina colada derramada no corpo de uma negra bem gorda, cheia de suor, para fazer inveja às bonecas de porcelana que não sabem a tabuada nem discutem política, mas invadem as capas das revistas e os urinóis masculinos. Eu não gostaria de estar por cima de um mictório a servir de cobaia. A vida apresenta-nos sempre dois caminhos, que apenas divergem no sentido, não na direcção.
Se desconstruir a Verdade significa tomarmos um café numa esquina minimamente enquadrada com a arquitectura da cidade, que venham as putas e os santos populares, as farturas, os cachorros, as imperiais e as ilusões!
Desceu sobre mim o desejo de vos invadir com a grotesca beleza de um faminto, envolto numa túnica branca, carregada de púrpura mágoa. Nas mãos duas chagas. No rosto um destino doloroso, mas altivo. Está diante de vós um projecto, possível mas improvável, dada a paixão que sinto pela inércia. E é aí que colho da árvore da vida a laranja mecânica, que me alimentará até morrer. Sonho com a minha lentidão espasmódica.
(Este espaço não tem nome, o autor ainda não se pronunciou sobre a sua vontade temática.
Preferiu experimentar os seus primeiros passos e convidar numa dança de palavras, a quem o queira "ouvir"... por Bruno Fonseca)
... por José Jorge Sebastião
Estou com vontade de tomar banho num bidé e beber uma pina colada derramada no corpo de uma negra bem gorda, cheia de suor, para fazer inveja às bonecas de porcelana que não sabem a tabuada nem discutem política, mas invadem as capas das revistas e os urinóis masculinos. Eu não gostaria de estar por cima de um mictório a servir de cobaia. A vida apresenta-nos sempre dois caminhos, que apenas divergem no sentido, não na direcção.
Se desconstruir a Verdade significa tomarmos um café numa esquina minimamente enquadrada com a arquitectura da cidade, que venham as putas e os santos populares, as farturas, os cachorros, as imperiais e as ilusões!
Desceu sobre mim o desejo de vos invadir com a grotesca beleza de um faminto, envolto numa túnica branca, carregada de púrpura mágoa. Nas mãos duas chagas. No rosto um destino doloroso, mas altivo. Está diante de vós um projecto, possível mas improvável, dada a paixão que sinto pela inércia. E é aí que colho da árvore da vida a laranja mecânica, que me alimentará até morrer. Sonho com a minha lentidão espasmódica.
(Este espaço não tem nome, o autor ainda não se pronunciou sobre a sua vontade temática.
Preferiu experimentar os seus primeiros passos e convidar numa dança de palavras, a quem o queira "ouvir"... por Bruno Fonseca)