27/04/04
Poesia a Dois
por José Sebastião
Errando pelo pensamento
Caminhando pelo irreversível…
A letra mais densa do alfabeto é a última
Aquela que não houve senão querendo
E não querendo… houve
No já esquecido gosto da língua
No travo adocicado do chá de jasmim.
As tardes a prometerem outras noites
E os dias… a melancolia das entrelinhas
E a estúpida pressa de chegar ao fim
E a ignóbil ansiedade de recomeçar, e recomeçar…
Até ao indelével traço dos teus lábios
E ao contorno firme dos teus seios
A indicar-me a minha viagem… tão sombria
Tão inesperada e difícil…
Só me resta condensar-te na lembrança
E explodir! Muito e de todas as maneiras
Até aflorar as mais indignas
Pétalas vermelhas e tudo se tornar nu
No teu peristilo emocional
E devorar-te lentamente como o orvalho
Das manhãs escuras e dos dias sem tempo.
Hoje quero-te assim…
Serva dos caprichos do jasmim…
E dos meus.
Sem a pressa estúpida de chegar ao fim.
por José Sebastião
Errando pelo pensamento
Caminhando pelo irreversível…
A letra mais densa do alfabeto é a última
Aquela que não houve senão querendo
E não querendo… houve
No já esquecido gosto da língua
No travo adocicado do chá de jasmim.
As tardes a prometerem outras noites
E os dias… a melancolia das entrelinhas
E a estúpida pressa de chegar ao fim
E a ignóbil ansiedade de recomeçar, e recomeçar…
Até ao indelével traço dos teus lábios
E ao contorno firme dos teus seios
A indicar-me a minha viagem… tão sombria
Tão inesperada e difícil…
Só me resta condensar-te na lembrança
E explodir! Muito e de todas as maneiras
Até aflorar as mais indignas
Pétalas vermelhas e tudo se tornar nu
No teu peristilo emocional
E devorar-te lentamente como o orvalho
Das manhãs escuras e dos dias sem tempo.
Hoje quero-te assim…
Serva dos caprichos do jasmim…
E dos meus.
Sem a pressa estúpida de chegar ao fim.