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19/03/05

Identidades Secas
por Bruno Fonseca


Passaram-se meses e meses... passou até mesmo um ano e não surgiram novas ideias. Será?!
As ideias estiveram sempre a fervilhar, mas o tempo e a vontade retiveram o impulso e o imediato, permitindo um:
- "amanhã também é dia para..." :)

Agora que enfrento a responsabilidade de manter este blog activo tenho de criar um esforço regular para não deixar cair os percursos no esquecimento.

Neste post falo-vos de uma nova identidade e da seca que nos controla.

Miopia Nacional surge para ficar e abrir os olhos dos mais desatentos.
Há quem diga que os palhaços desta vida estão com vontade de nos fazer rir e sair deste percurso fechado.

Recomendo!



Esta semana ao ver duas fotos-satélite que ilustravam um Portugal de Fevereiro/2003 e um Portugal actual, fiquei atento e preocupado.
Longe vão os tempos de chuva """""""""

Confesso que este governo não terá tarefa fácil.
José Sócrates e todo o seu elenco enfrentam uma nova postura no trabalho político
- a mutação da natureza mãe e a consequente transformação da natureza interior.

O ciclo está invertido!
Teremos um Agosto chuvoso? Será esta inversão positiva?
Talvez os portugueses não precisem de voar para terras tão longínquas à procura de um Natal em biquini.



Sinto na seca uma nova forma de estar!
Os percursos transformam-se e dão lugar a um voo interior paranóico.
O desconforto diário leva-nos a criar ficções na nossa mente. Problemas que se intensificam, atingindo estados profundos de demência.
Também não é para mais, as nossas identidades sofrem diariamente ataques banais, sendo satirisadas com intrigas de bairro, com uma total falta de inteligência. Enfim, novos/velhos caminhos para as nossas mentes adormecidas.


A seca entrenha-se no nosso pensamento e deixa-nos confusos.
Vivemos actualmente o estranho momento da incerteza e da descontinuidade.
O que será a definição de uma identidade? Provavelmente a secura de nos tornarmos seres híbridos e confusos.
Queremos tanto ser individuais que nos esquecemos aquilo que realmente queremos ser.

Palavras atabalhoadas dado o excesso de tempo em que se encontraram guardadas.
Depois de tamanha confusão e de tantas palavras que saem em série, prevejo, nos próximos percursos, viagens intensas ao interior da nossa mente. Uma procura interior, pessoal e necessariamente transmissível.




Deixo apenas a nota de um concerto que pretendo destacar:
- Djavan no Coliseu Lisboa - 20 de Março de 2005.


Até à próxima viagem!

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